domingo, 29 de março de 2009

prissão invisível.. subjetividade..

Num reggae de pensamentos que vagam entre a calmaria de um lago e a profundeza de um oceano, fugindo para um lugar terno de simplicidade recortado pela revolta, na busca de um lugar ao sol, sonhando com um lugar a lua, num balanço desengonçado de outrora. Redescubro e repenso conceitos inerentes a liberdade solitária das novas solicitudes da vida que mais parecem um rock moderno das ciências de tecnologias aprisionantes.
Prisão que prende minha alma numa contenda de indefinições que levam a crises existenciais e dessa forma aborta o verdadeiramente necessário para a vida em prol do que parece “ser necessário”, perpassando o debate político e econômico, mas não independente deles, principalmente do econômico que controla enfaticamente o político. Sendo o político disposto através de “verdades alienantes”, as verdades mais aceitas pela massa são as mesmas que as aprisiona num mundo externo a si, que vem dentro de um caixinha que determina o que deve e não deve ser pensado de forma que as pessoas não precisem nem mesmo refletir, já vem tudo prontinho para ser degustado, seja sozinho ou acompanhadamente sozinho, a vida imita a arte, e a arte de enganar sobrepõem-se ao real.
Realidade que pode ser vista quando olhamos os reflexos do que tudo isso causa em nós. Vivemos imersos em “nuvens de rotina” que apreendem nossa visão e repercutem diretamente na nossa eterna “solidão sócial", nos solidarizando com a morte da flor em prol da construção dos monstros de ferro, pelos monstros de carne e osso robotizados.
Lobos devoradores de homens, homens que se deixam devorar, talvez não conscientemente, mas por imposição da arte, da cultura, da religião, enfim, de coisas que o dominam. E a liberdade de se correr na rua e brincar feliz com os outros é deixada de lado por uma liberdade coberta de grades de frente a uma caixinha ligada a um aparelho que prega a violência “segura” imersa em grades que o separa da realidade distinta do que se pensa. Esses são os filhotes de lobo, enquanto os filhotes de homem trabalham desde cedo uma visão curta que encontra tão somente a sobrevivência, sonhando com as igualdades de posicionamento, na busca incansável de entrar na alcatéia.
Pobre homem, pobre lobo. Pobres, somente pobres. Não conseguem “comprar sem se vender”, e “vendem barato o que não tem preço”. Vivam em paz, sem guerra. Mas paz sem voz é paz? Ou é medo? Ou o que é? Quem somos nós? O que nos contém? O que contemos em nos? Que amarras são essas? Amarras? “O que sobrou do céu”? Vamos fugir, mas fugir pra onde? Duvida cruéis.

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