Serviço Social é o que eu quero pra minha vida...
E isso vai de encontro a opiniões de amigos mais próximos, familiares, minha própria mãe e pessoas conhecidas.
É uma dura batalha que travo diariamente, quando todos me perguntam por que eu escolhi essa profissão. Sei que alguns até não fazem por mau, outros nem tanto...
O problema é que muitos acham que é desperdício de talento, essa é a desculpa que eles sempre me dão quando eu questiono por que não aprovam minha escolha.
Se essa é uma forma de elogio, eu agradeço... Mas na minha inquietação constante, ja disparo a pergunta: Por que um Assistente Social não pode ser talentoso? Onde está escrito que esse profissional está condenado a viver do passado, da parceria com a igreja, da caridade, da ajuda e do pensamento retrógrado de que ele não pode exercer um papel importante na sociedade, no mundo moderno, na vida de uma pessoa tida como "normal" ?
Eis aí meu maior desafio enquanto futura profissional...
Mostrar para essas pessoas o quanto é valioso o trabalho que escolhí para mim; Quebrar o estereótipo de que não serei "aquela moça boazinha que faz caridade e que as coisas terminam sempre tudo bem"; contribuir para que a nova visão aprendida em sala de aula, se consolide na essência, na prática e que faça o diferencial na vida dos que passarem por minhas mãos, por minha responsabilidade...
Garantir os direitos humanos e lutar pela igualdade social, esse tem sido meu lema, esse é aliás, o que deveria ser o de tantos outros profissionais, o de tantos outros seres humanos.
O desafio é grande, a cobrança será ainda maior, tenho plena consciência disso, mas nunca fugi da batalha, eu gosto mesmo é de desafios... Por isso tento plantar meu jardim no hoje, por que o terreno do amanhã é incerto demais, tento pautar minha vida pessoal e acadêmica na ética, na justiça e na humildade. Não aprendí ainda nem a metade das coisas que preciso para vencer esse desafio, na verdade não aprendí ainda nem um terço delas, mas continuo me desafiando a aprender, a buscar, a querer, a me propor e a ir além depois de que eu achar que já não posso mais.
Tenho um compromisso de surpreender as pessoas que me questionavam sobre a profissão escolhida e mostrar que eu estava certa, tenho um compromisso com a profissão que escolhí, tenho um compromisso de mostrar a importância do trabalho do Assistente Social a partir de minha conduta profissional, tenho expectativas e expectadores aos quais eu não posso decepcionar, porém, tenho um compromisso maior comigo mesmo, com meus objetivos e meus ideais... E deste compromisso comigo eu não abro mão de forma alguma, pois, assim estaria abrindo mão de minha essência, do meu eu...
Sei que nem sempre as coisas vão "terminar bem", sei que esbarrarei em burocracias e vontades ou más vontades, as quais não poderei mudar... Talvez eu realmente não possa mudar alguma coisa, ou muita coisa. Mas estou disposta a lutar por essas mudanças, a encarar as diversas situações e entraves que de certa forma atrapalharão o serviço que gostaria de proporcionar a clientela atendida por mim, mas sei que tenho determinação, garra e coragem suficiente para fazer o que for preciso no sentido de primar pela qualidade do trabalho prestado por mim, e de buscar as mudanças necessárias ao melhoramento deste.
É por isso que a cada dia eu tenho uma certeza maior dentro de mim:
EU AMO SERVIÇO SOCIAL!

Karina Cruz